quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Proposta Indiscreta X A Nostalgia
































No tema que escolhi para hoje, resolvi dividi-lo em dois temas:

O primeiro chamei-o de "Proposta Indiscreta" do Lider do CDS Paulo Portas ao (ainda) Sr. Primeiro Ministro no parlamento.

O segundo chamei-o de "A Nostalgia" porque dei comigo a pensar no esforço que tantos portugueses e portuguesas fizeram e todos os sacrifícios que sempre lhes pediram, para o disco tocar sempre a mesma melodia (pelo menos temos o Fado - símbolo de um sentimento que só tem significado na língua portuguesa Saudade/Saudosismo).

Começo pelo primeiro tema:

Em pleno Parlamento, Paulo Portas propôs indiscretamente aquilo que todos os dias ouvimos da boca dos portugueses: os políticos que sejam os primeiros a tomar a iniciativa, dando o exemplo de sentido de responsabilidade e abdicando de uma parte dos seus vastos privilégios.

O presidente do CDS sugeriu ao atrapalhado e gaguejante José Sócrates o corte de salários do presidente da república, do primeiro-ministro, dos ministros, dos secretários de Estado, dos deputados, dos autarcas, dos governos regionais e dirigentes de empresas com intervenção e decisão estatais.

No entanto, eu proponho aqui a elaboração de um manifesto popular, pois é necessário ir muito mais longe.

Esta proposta é muito moderada e até populista (concordo). Terá sido apenas prosépia ou foi dita com o coração! O Senhor submarinos lá saberá, e olhem que ele sabe-a toda...

A iniciar-se um corte na despesa que seja consentâneo com as verdadeiras necessidades que este momento impõe, o governo tem obrigação de ir muito mais longe com isto. A presidência da república - a que está no poder e a que teima em não o deixar - terá de prescindir de todas as ajudas de custo, policiamento, automóvel com motorista, viagens por conta do Orçamento do Estado, dentro de outras regalias (somem comigo Eanes e esposa, Soares e esposa, Sampaio e esposa, Cavaco e esposa, Guterres e esposa, Santana e amantes, entc.) vendo-se livre de milhares de assessores inúteis (jobs for the boys), despesas de representação, de uma grande parte da frota automóvel (ou até transformando veículos dessa frota que ainda são novos em carros para a PJ, para a PSP, para a GNR), das viagens exclusivas em voos militares, etc. Os ministérios, as secretarias de Estado e as empresas públicas, que procedam em conformidade com o momento, reduzindo de forma radical os gastos com telecomunicações, com as escandalosas despesas de representação - alimentação em jantares e almoços de trabalho nos hóteis de 5 estrelas, nas viagens efectuadas levando a família à boleia, gabinetes de estudos que ficam engavetados ou são pretexto para encher os bolsos de quem os encomenda, em assessorias (trabalhem malandros), comissões várias ( de trabalhadores que não querem trabalhar, de empresa com funcionários que apenas querem mostrar-se, de avaliação de património público, etc.), atribuição de subsídios - quantas vezes escusados?! (fiscalizem! Fiscalizem.) - à residência e deslocações. A infinidade do número de automóveis que o Estado ostenta e renova consecutivamente - com as conhecidas e abusivas transferências de posse a baixo custo para os honestos senhores doutores e engenheiros - , as fundações pró-subsídio (Soares), as adjudicações sem concurso ou com manobras menos claras e que acabam por lesar o património do Estado (nosso), os institutos públicos criados à pressa antes de abandonar o governo, dos cargos de curta permanência na Petrogal, na TAP, na ANA, na EDP entre outras, onde os filhos e sobrinhos dos políticos e venerandos homens dos doze ou quinze que acusou Eça de Queiroz de revezamento de poder em 1871, acabadinhos de sair do forno das universidades (umas Independentes, outras Modernas, outras assim e assim...) e em que lhes é atribuida logo à entrada, uma antiguidade de 15 ou 17 anos e vencimentos que oscilam entre os 15 e os 20 000 € (saem ao fim de um ano e vejam quanto levam em direitos de antiguidade! Nós pagamos.), são apontados como alguns dos muitos exemplos que reduzem a despesa pública (e não são migalhas, como apregoam alguns economistas que também vão ao "biberão"). O fim da loucura RAV, o adiamento sine die do novo aeroporto (foram gastos milhões de euros em obras no de Lisboa e do Porto, ouçam a publicidade do aeroporto de Lisboa diariamente na TSF), a crise na aviação e o custo dos combustíveis aponta para a moderação e o respeito pelos portugueses, a terceira auto-estrada para o Porto (350 Km? - acham que vale a pena e o dinheiro?) e os acordos subjectivamente negociados com vícios substantivos a propósito de contentores e outras concessões.

Alguns iluminados agitam a bandeira do "montante ridículo" das somas que todos sabemos serem vultuosas, mas a verdade pública e da coisa pública exige a partilha dos sacrifícios, restaurando uma partezinha da confiança completamente degradada de forma quase irreversível (não me chamem fascista pois não o sou e preso muito a liberdade, mas em termos de rectidão e honestidade, os nossos políticos ficam a dever muito ao velhote e ao Caetano).

Na situação em que tendes posto o país, voçês, os políticos poderão resistir a esta demanda popular, mas sabem que não existe alternativa, a não ser a desejada queda.

Neste país, não faz o mínimo sentido auferir mais do que 4 000 €. Quem auferisse mais do que isto, não tinha que ter direito a subsídios de qualquer espécie. Neste país, existem pessoas (não são bichos) que vivem com 175 € de reforma e com 200 € aos milhares (trabalharam toda a vida na lavoura e em serviços onde os descontos eram inexistentes).

Senhores políticos e população do meu país em geral, pensem nisto... (vamos subscrever um manifesto que obrigue à responsabilidade).

O segundo tema é apenas para vos deixar imagens do que os nossos avós e pais tanto trabalharam para conseguir e tudo o que dava para comprar (talvez o cinco vezes mais coisas com cinco vezes menos do que a nossa moeda de agora).

Também não quero que pensem que sou anti-europeísta. Sou Pós-modernista, mas sou um romântico saudosista...














































Mar de Areia

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